sexta-feira, 4 de maio de 2012

Por eles.


Não que eu já não soubesse disso. Mas existe certa deferença entre “saber” e “viver”.

Ainda não cheguei nem na metade do estágio de neurologia, mas já aprendi mais do que a faculdade inteira poderia me ensinar. Não sei se são as crianças, os pais, ou eu, mas tudo parece muito mais profundo agora.
É muito mais do que simplesmente uma Paralisia Cerebral. É muito maior que uma Discinesia ou uma Ataxia. É muito mais complicado que um déficit no Sistema Somatosensorial.

São tantos ‘tapas na cara’ por dia, que eu não saberia enumerar o que aprendi em apenas dois meses. Eu, que sempre achei que tinha visto mais do que deveria nesses 18 anos, percebi que uma criança de 8 sabe viver melhor que eu, ainda por cima com uma Paralisia Cerebral.
Como disse, eu já sabia disso. Mas ainda não tinha visto, escutado, sentido. Não adianta... Ainda que você seja crítico e filosófico como Confúcio, nunca saberá absolutamente nada da vida, até que sinta tudo isso.
Minhas crianças sabem tanto quanto Confúcio, disso eu tenho certeza. E me ensinaram mais que todos os professores que eu já tive na vida.


Davi, Karen, Gyovanna, Ricardo, Helô, Lívia, Francisco C. e Francisco S., Thiago, Rodrigo, Hygor, Henrique, Mayra, Elias, Abel, Rômulo, Riberto, Laís, Larissa, Késia, Gilherme, Paulo Vítor.
Ualison, Lanylle, Emily, Eide, Maria das Dores, Alan, Matheus, Átilla, Dyonivan, Josiane.
Gabriela, Gabriel O., Gabriel F., Kevem, Lucas, Luis, Elton, Moisés, João, Sâmela, Vinícius, Natair.

Obrigada por me ensinarem que não se mata Leões chorando.

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