terça-feira, 20 de julho de 2010

domingo, 18 de julho de 2010

11. E não poderia faltar.

"I would like to leave this city, this old town don't smell too pretty
And I can feel the warning signs running around my mind...
And when I leave this island I'll book myself into a soul asylum
And I can feel the warning signs running around my mind...

So here I go still scratching around the same old hole, my body feels young but my mind is very old
So what do you say?
You can't give me the dreams that are mine anyway
You're half the world away
Half the world away
Half the world away
I've been lost I've been found but I don't feel down...
No I don't feel down..."








"Love, love is a verb
Love is a doing word
Fearless on my breath
Gentle impulsion
Shakes me makes me lighter
Fearless on my breath

Teardrop on the fire
Fearless on my breath...


Teardrop on the fire, of a confession
Fearless on my breath..."

10. Estamos indo de volta pra casa.





Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que o pra sempre sempre acaba?




9. Eu descobri que


A pior sensação do mundo é ver dementadores se aproximando de você, brigando entre si pela sua alma, e não ter chocolate por perto.




Memórias

Eu fui matando os meus heróis aos poucos, como se já não tivesse nenhuma lição pra aprender

Eu sou uma contradição e foge da minha mão fazer com que tudo que eu digo faça algum sentido

Eu quis me perder por aí fingindo muito bem que eu nunca precisei de um lugar só meu

Eu dou sempre o melhor de mim, e sei que só assim é que talvez se mova alguma coisa ao meu redor

Eu vou despedaçar você todas as vezes que eu lembrar por onde você já andou sem mim



Memórias, não são só memórias,
São fantasmas que me sopram aos ouvidos coisas que eu nem quero saber.

7.Muitos túneis

E uma das visões mais lindas que eu já vi. Sem fotos, sem descrição exata.
Fica na lembrança o nó que deu a garganta, e a névoa densa que comprimia as vidraças que me separavam de voar no mundo lá fora.

6. Eu gosto é do estrago...

Deixo tudo assim, não me importo em ver a idade em mim,
Ouço o que convém...
Eu gosto é do gasto...

Sei do incômodo e ela tem razão quando vem dizer que eu preciso sim, de todo o cuidado...

E se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz,quem então agora eu seria?

Ahh, tanto faz, que o que não foi não é
Eu sei que ainda vou voltar...
Mas eu quem será?

Deixo tudo assim, não me acanho em ver vaidade em mim
Eu digo o que condiz.
Eu gosto é do estrago...

Sei do escândalo, e eles têm razão quando vêm dizer que eu não sei medir nem tempo e nem medo...

E se eu for o primeiro a prever e poder desistir do que for dar errado?

Ahhh...
Ora, se não sou eu, quem mais vai decidir o que é bom pra mim?
Dispenso a previsão!

Ah, se o que eu sou é também o que eu escolhi ser, aceito a condição...

Vou levando assim,que o acaso é amigo do meu coração
Quando fala comigo,
Quando eu sei ouvir...

5. We're all part of the masterplan.

Lágrimas involuntárias escorreram sobre meu rosto, quando ao sair do túnel escuro, eu me deparei com um mundo embaixo dos meus pés.



"All we know is that we don't know

How it's gonna be

Please brother let it be

Life on the other hand won't make you understand

We're all part of the masterplan"

4. Percepções de um dia frio.

A chuva escorria verticalmente no espaço entre o céu e o chão. Ventava, fazia muito frio. Ainda assim, caminhou 200 metros e chegou até a praia.

Na noite anterior, o mar tinha invadido a avenida que separava a praia das casas ao redor. Tamanha a força da água, que várias coisas tinham abandonado as calçadas e migrado para a areia. Nas ruas, ainda havia água limpa e salgada acompanhada da fina areia, antes branca, hoje cinzenta.

Tudo era cinza. O mar, o céu, a neblina, a areia, a espuma das ondas. Fortes ondas, forte vento. Teve que fazer muita força para não deixar que o guarda chuva fosse levado para longe. Olhou para os lados, e não via a serra que viu no primeiro dia na cidade. Via brumas pálidas, água azul-cinzenta, e uma praia deserta. Ainda que o tempo não fosse apropriado para a situação, ela apreciava aquele perfume de mar que a invadia e envolvia.

Apesar do tempo ruim, a água estava quente, e era como se estivesse pedindo para que ela não fosse embora. Ela se afastava da água, e a água ia cada vez mais longe buscá-la. A cada onda que chegava, ela se afastava mais. E a água ia cada vez mais longe, como se quisesse ir com ela aonde quer que ela fosse. Mas ela tinha que ir embora.

Ela não queria ir embora, mas não queria ficar. Era um lugar belo, mas apenas aonde existe areia e mar. Relevo serrano, clima agradável nos dias normais. A mata atlântica cobria os morros, encantando com sua beleza e sua biodiversidade. Mas os dias frios a deixavam fria, e ela não queria isso. Dias frios eram bons, mas eram frios, e eram a 200 metros da praia.

Se não houvesse chuva, ela saberia aproveitar os dias frios. Mas como estava no quarto de seus pais, não pode aproveitar o tempo de reflexão que poderia ter. a todo momento, era uma ordem nova, uma frase inesperada, uma observação incomum. Nada tão reconfortável quanto seu edredom de estampa floral e seu travesseiro.

Isso a deixava fria, e ela não queria isso.

Mas ao caminhar em direção às ondas, ela se lembrava do que ficou para trás, mil quilômetros ao noroeste. Se lembrava que o que ficou para trás valeria a pena qualquer palavra, qualquer dia frio.

E no fim, impressionou-se em descobrir que conseguiu perceber a beleza em uma visão melancólica, preservando dentro de si sua esperança e sua felicidade.

3. Get on my knees and pray.


Tantos morros, morros, e mais morros. Um relevo impressionante aos olhos de quem se

acostumou com planícies amplas. Uma visão linda, que aliada ao frio e a neblina me lembravam outro lugar, não menos impressionante.

Eu subia e descia incessantemente as ruas declivadas, com meus pais e meu primo. A cada pequena loja, uma coisa nova para ver, mais e mais pessoas diferentes, vários sotaques, várias fés.

Falando em fé, acho que é a única coisa que não poderia faltar em Aparecida. Andando pela longa passarela que liga as duas basílicas da cidade, vi várias pessoas caminhando consigo mesmas, de joelhos, rezando, rindo, chorando, conversando.

Quando vi tanta esperança no olhar das pessoas, me pus a refletir sobre a minha fé.

As pessoas podem não acreditar em um Deus, podem acreditar em vários, que seja. Mas uma coisa é indiscutível: a fé faz milagres que nem mesmo a ciência explica. Quem trabalha na área da saúde se depara com essa situação frequentemente – casos “perdidos” que demonstram progresso inacreditável, e inexplicável. Se perguntados do motivo da cura, os pacientes respondem simplesmente “foi minha fé”.

Sim, foi sua fé. E acho que está na hora de acreditar que isso realmente existe, e que pode me

curar também.



2. The Way.

Uma pequena cidade ao pé da serra, banhada por um largo rio, envolta em densa neblina.

Porque a melhor coisa de uma viagem é aquilo que você traz em sua memória.

Eu não sabia onde eu estava, e nem precisava saber.

Vi coisas belas e simples, que eu provavelmente não verei outra vez. O importante foi perceber que aonde eu esteja, há coisas que me fazem feliz, simplesmente por existirem.

1. Caminhando, e cantando, e seguindo a canção.

É interessante sair do cotidiano. Tantas coisas novas, tantas aferências, um milhão de coisas de uma vez, e um milhão de vezes a mesma coisa. Muito o que ver, ouvir, sentir, perceber. Eu já sentia falta disso, e acho que finalmente encontrei o que eu sentia falta há tanto tempo.


Desconfortavelmente acomodada em meu banco, dormi mais da metade da viagem. Não havia rumo certo para mim, eu ia como folhas de uma árvore que seguem o curso do vento. Chateada, confusa, insatisfeita com as situações, com as pessoas, e comigo mesma. Eu precisava me reencontrar, depois de tanto tempo perdida dentro de mim. Precisava de uma explicação, uma solução. Fisicamente mal, emocionalmente péssima, e psicologicamente pior ainda.

E é incrível como as pessoas ao nosso redor exercem tanta influência sobre nós. Eu não era a única perdida em mim, mas talvez a única que sabia disfarçar bem.

Eu já não tinha saídas. Era como naufragar no meio do oceano ao meio dia, olhar para todos os lados, e ver apenas água. Sem uma tábua de salvação, sem identificar meu norte. Era como esperar que algo caísse do céu, já que de mim nada sairia.

Chegamos em uma situação calamitosa, aonde qualquer coisa que viesse seria lucro.



Pois finalmente algo chegou, agora resta saber se conseguiremos aproveitar essa oportunidade.

domingo, 4 de julho de 2010

"In time we'll kiss the world goodbye."


Eu me lembrei de uma conversa com uma amiga, algo breve mas cheio de significados.

"-Vai, viaje, e se desligue deste mundo por um tempo.
- Mas eu não quero me desligar deste mundo, pois nele eu me sinto bem...
- Eu não, Paola."


Fiquei conturbada ao ler isso. Mas ela tem razão... Este mundo me fez feliz, e ainda me faz. Todavia, existem circunstâncias que te fazem perceber que você desviou seu caminho, não está seguindo seu objetivo.

É melhor mudar o caminho, do que se frustrar por não ter alcançado o objetivo.

Eu sempre achei que o céu era meu limite, mas tenho me saturado antes de chegar a 100 metros de altura.



No blog de outra amiga, eu li:


"Meu guarda roupa tem-se tornado pequeno demais para mim."



Estão aí, nesta frase, resumidos seis meses da minha vida.
Foi lindo enquanto durou, mas agora, é hora de tentar algo novo.











"Summer sun that blows my mind
Is falling down on all that I've ever known
In time we'll kiss the world goodbye,
Falling down on all that I've ever known
Is all that I've ever known..."