sexta-feira, 4 de maio de 2012


Há momentos na vida em que tudo parece estar indo errado. São tantas preocupações, que até mesmo dormir (meu hobby preferido) se torna difícil.

Se eu disser que eu nunca quis abandonar o barco, largar tudo, eu estarei mentindo. Quem nunca quis? Quem nunca se olhou no espelho, e viu o desespero nos olhos de alguém que parece ser desconhecido?

Minha mãe costuma dizer que cada problema é um Leão, e que devemos matar um Leão por dia.
“Não acumule Leões, minha filha. Eles podem se juntar e derrubar você. Mas não tente matar mais de um por dia, pois ou o primeiro te vence pela preocupação, ou o segundo te vence pelo cansaço.”

Eu sempre achei que alguém me ensinaria a lutar com os Leões. Meus pais, meus amigos, a escola, os livros... Qualquer lição seria bem-vinda. Esperei, enquanto eu envenenava meus Leões com o meu jeito conturbado de lidar com as coisas. Eu sempre tinha um veneno em mãos. Eu ia matando como dava.

Mas veneno é a arma das mulheres, dos eunucos e dos covardes.

Hoje, vivemos em uma sociedade aonde somos “culpados até que se prove o contrário”. Eu preciso provar para o mundo que eu não sou covarde, que não sou incapaz. Eu preciso aprender a lutar.

Posso morrer tentando matar meus Leões, mas ao menos, lutei com dignidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário