domingo, 22 de junho de 2014

Am I living it right?

E lá estava eu novamente, em mais um capítulo dessa nova aventura que me propus. Desta vez, não havia ansiedade, frio na barriga, mãos geladas, preocupações gerais. Eu já estava me habituando. Já conseguia olhar em seus olhos por algum tempo, sem corar. Já conseguia permanecer em teus braços sem me sentir uma tola garotinha. Sem me preocupar em parecer uma tola garotinha.
Ali estávamos nós, somente respirando juntos. Ali estavam as batidas do seu coração, suas mãos suaves nas minhas costas.

Mas você não estava ali.

Apesar de declaradamente desimpedido, ali estava a foto de uma bela mulher na proteção de tela do teu celular. Você me mostrou sem querer. Não sei quem é, e honestamente, não me interessa. O que importa, é que mais uma vez, eu me deparei com uma porta fechada.
Nem todos os meus suspiros e risos foram suficientes para destrancá-la. Você estava cercado por arame farpado: se mostrava para mim, mas me mantinha longe. Do meu lado da cerca. Impossibilitada de entrar na sua vida, no seu mundo.
E mais uma vez, percebi que todas as promessas que me fez eram vazias, unicamente com a intenção de abrir caminho entre todas as minhas confusões e incertezas. Aliás, como todos os que te antecederam, e exatamente da mesma forma dos que ainda virão.

Isso me leva a questionar: quem eu sou? O QUE eu sou?
Um mistério a se desvendar, talvez. Uma curiosidade. Um sorriso intrigante. Uma voz convidativa. Um rosto que pede brincadeiras.
Apenas isso.

E, mais uma vez, eu olho para você, sabendo que você vai partir em breve - isso é, se já não partiu antes mesmo de chegar. Você tenta investigar meu silêncio, minha expressão saudosista. "O que foi? Por que você está calada?"
"Estou só desligada", eu respondo. Pura mentira, meu silêncio é um breve luto por mais uma chance que se foi, outro "não" que a Vida me dá. Um "não" precedido por um esperançoso "talvez".

E assim eu continuo a minha aventura, vendo sucessivas portas se fechando à minha saída. Não há esforço da minha parte capaz de evitar. Não há explicações plausíveis, não há previsão de mudança.
Sinto que a Vida esteja tentando me ensinar algo, e que eu estou com sérias dificuldades para absorver. Sei que estou perto.
Assim, continuo investindo em todos os "talvez", na esperança de que um destes se torne um "sim".

Nenhum comentário:

Postar um comentário