segunda-feira, 19 de maio de 2014

Don't let 'em in your head...

"Mãe, por que as pessoas prometem as coisas e depois não fazem?"

Essa foi a pergunta que eu fiz, no auge da revolta com meu pai, aos 7 anos. Eu estava cansada (sim, aos 7 anos) de lidar com a incoerência do ser humano.

Em algum lugar - provavelmente onde minha inocência se perdeu - as pessoas simplesmente pararam de agir como pessoas. Ninguém me chamava mais para brincar só por diversão. Eu só ganhava balas toffe em véspera de prova. Só sorriam para mim quando tinha trabalho em grupo. Só me chamavam para trocar figurinhas que faltavam no álbum.
Hoje, alguns anos mais velha, continua o mesmo, porém ninguém tem a hombridade de assumir, diferente de quando eu era criança.

Tudo bem, é da natureza humana tentar fazer o necessário para sobreviver. Mas será que é só para isso que eu sirvo? Para fazer favores?
Será que é demais pedir um contato, mínimo que seja, pura e simplesmente pelo que eu sou? Um afeto incondicional, uma conexão pura?

Tantas promessas quebradas... Mentiras... Ilusões... Jogos emocionais...
Estou cansada e descrente, só isso. Quero poder voltar a brincar de salva-bandeira sem me preocupar com o pedido chantagista que virá depois.





Nenhum comentário:

Postar um comentário