Não que eu já
não soubesse disso. Mas existe certa deferença entre “saber” e “viver”.
Ainda não
cheguei nem na metade do estágio de neurologia, mas já aprendi mais do que a
faculdade inteira poderia me ensinar. Não sei se são as crianças, os pais, ou
eu, mas tudo parece muito mais profundo agora.
É muito mais
do que simplesmente uma Paralisia Cerebral. É muito maior que uma Discinesia ou
uma Ataxia. É muito mais complicado que um déficit no Sistema Somatosensorial.
São tantos
‘tapas na cara’ por dia, que eu não saberia enumerar o que aprendi em apenas
dois meses. Eu, que sempre achei que tinha visto mais do que deveria nesses 18
anos, percebi que uma criança de 8 sabe viver melhor que eu, ainda por cima com
uma Paralisia Cerebral.
Como disse, eu
já sabia disso. Mas ainda não tinha visto, escutado, sentido. Não adianta...
Ainda que você seja crítico e filosófico como Confúcio, nunca saberá
absolutamente nada da vida, até que sinta tudo isso.
Minhas
crianças sabem tanto quanto Confúcio, disso eu tenho certeza. E me ensinaram
mais que todos os professores que eu já tive na vida.
Davi, Karen,
Gyovanna, Ricardo, Helô, Lívia, Francisco C. e Francisco S., Thiago, Rodrigo,
Hygor, Henrique, Mayra, Elias, Abel, Rômulo, Riberto, Laís, Larissa, Késia,
Gilherme, Paulo Vítor.
Ualison,
Lanylle, Emily, Eide, Maria das Dores, Alan, Matheus, Átilla, Dyonivan,
Josiane.
Gabriela, Gabriel O., Gabriel F., Kevem, Lucas, Luis, Elton, Moisés, João, Sâmela, Vinícius, Natair.
Gabriela, Gabriel O., Gabriel F., Kevem, Lucas, Luis, Elton, Moisés, João, Sâmela, Vinícius, Natair.
Obrigada por
me ensinarem que não se mata Leões chorando.
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