E o som do blues invadia seu cérebro, como se nada mais houvesse no mundo. Nada mais importava, a não ser as batidas que faziam seu corpo balançar, em transe.
Havia o cheiro de algo que ela não identificou, de algo que nem quis saber o que era. O gosto cinzento, mas doce. O corpo doía, os pelos se eriçavam.
Sentiu que qualquer brisa levaria sua alma para bem longe, ou para bem perto, não importava. Desde que a levasse.
O corpo estava leve, a cabeça zumbia com o barulho do vento, mas a consciência.... Ah, esta era a âncora, a única coisa que ainda a prendia ali.
Assim como as wiccas, sentiu na pele aquele brilho imponente e suave, sozinho e prateado. Sentiu, assim como sua pele sentia o calor da luz do sol, sentiu o frio da luz da lua.
Mas sempre que elogiava a lua, se lembrava de alguém. E sabia que não ia se desvenciliar disso tão facilmente.
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